Como conheci o meu instrumento!

Muita gente tem vontade de aprender um instrumento musical; a maioria das pessoas tende a aprender violão (pelo menos aqui na minha terra), creio que pela facilidade, pela mobilidade, portabilidade, as "rodinhas", o violão sempre faz presença. E quem escolhe esse instrumento e se dedica, não se arrepende porque é simplesmente fantástico! Quem me dera se tivesse aprendido quando criança.

Muita gente me pergunta como e quando comecei a tocar violão; às vezes não sabia como responder, pois é uma coisa complicada de lembrar, porque muitos são os fatores, mas vai aí a história:
- Eu tinha exatamente 13 anos, lembro-me que peguei um violão emprestado pois nem ao menos tinha um. Porém esse violão ficou encostado durante 1 ano. Conheci uma família, onde um grande músico residia, essa pessoa toca muito bem o violão clássico, e ainda toca flauta doce muito bem, seu nome, José Januário Filho; um dia numa conversa descontraída surgiu assunto de violão, e ele me perguntou se eu tinha vontade de tocar; eu disse que amaria aprender violão mas falei que nao tinha a mínima idéia de como começar. Lembro que o Januário convidou um grupo de pessoas lá da igreja para iniciarmos o estudo de teoria musical e violão integhados, porém só eu continuei. Comecei com flauta doce, mas não fui adiante porque não estava contente, sentia que faltava algo! O Januário começou a primeira aula com partituras, nos ensinou as notas na clave de sol e na clave de fá, coisa bem básica e depois iniciou com o Violão. Ele fez um desenho no quadro mostrando todas as partes do violão, os trastes, tarrachas, pestana, boca, tampo! E começou a ensinar os primeiros acordes. Me recordo bem que ele passou no quadro uns 3, no máximo 4 acordes. Não me lembro o motivo mas essas aulas não duraram mais que 1 mês; a minha iniciação estava prestes a se findar; mas eu continuei firme!

O som do violão sempre me chamou a atenção, porém agora era a voz de Deus que me chamava a atenção. Eu sabia da necessidade de aprender um instrumento, aprender a cantar, dominar o meu timbre de voz e eu tinha um livrinho com pouquíssimas folhas, com alguns acordes básicos impressos e também alguns ritmos pra violão! Estudei por esse livrinho e "aprendi" o violão.

Mas afinal de contas, aonde eu quero chegar contando esta história? Quero passar aos queridos leitores que não podemos desistir dos nossos objetivos; mesmo sem um professor, sem alguma base musical eu tentei levar o estudo do violão adiante até conseguir chegar a um resultado satisfatório. Às vezes o resultado pode ser demorado, mas temos que ter paciência, pedir Deus capacitação, porque o nosso louvor é para Ele!

Felipe Silvestre Ferreira.