Um pouco sobre música Cristã, teoria musical, novidades, análise crítica, dia a dia, e vasta diversidade de artigos.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Perfil de cada músico
Pessoal, recebi um e-mail falando do perfil de cada músico! Achei muito interessante! É de conteúdo humorístico certo? Não é para ninguém ficar nervoso combinados? O autor é desconhecido.
Maestro - Sujeito magro, porte austero. Veste-se muito bem, adoraria usar roupas mais confortáveis, mas a imagem não permite. Oculos é obrigatório. Careca (ou quase). Um cara normalmente chato, aquele que só é convidado para o "choppinho de depois do concerto" por obrigação. Olha a todos de cima, mas adoraria ser popular. Suas piadas não têm graça nenhuma, mas todos riem. Em suma, é o idolo do violinista, mas, no fundono fundo, admira o trompetista. Carro preto ou prateado do ano.
Oboísta - Todo oboísta queria ser maestro, mas a timidez o impede. Sempre muito reservado, necessita ter tudo sob controle. Perfeccionista por natureza. Dedos finos e cabelo sempre bem alinhado. Fica sempre meia hora depois do ensaio, limpando o instrumento. Vai à manicure, mas é segredo! Seu momento de glória é dar o Lá para afinar a orquestra.
Violinista - Alto, sempre com um pinta de importante. Adoraria ser maestro, mas acha uma posição muito inferior ao seu talento. Considera-se o mais importante da orquestra e tudo que diz reforça essa tese. Antes do ensaio, toca sempre partes do concerto de Brahms, para impressionar os outros violinistas. Quando o maestro chama a atenção de outro naipe, o violinista sempre dá um sorriso sarcástico, quase imperceptível. Sai de cada ensaio com o orgulho de "dever cumprido" e vai para casa - um apartamento minúsculo -, onde uma foto da mãe está acima do espelho gigante na sala.
Violoncelista - É um cara legal. Um amigo para toda hora, mas muito fofoqueiro. Sabe da vida de todos da orquestra. Adora tocar solos de violino nos harmonicos só para irritar os violinistas. Loiro, o cellista é mais charmoso do que bonito. Acha-se um privilegiado por não ter que levantar no final do concerto e é vaidoso.
Violista - É o coitado da orquestra. Introvertido, olhar triste. O maestro nunca lhe chama a atenção: afinal a parte a viola não tem importância mesmo. Começou na música com sonhos ambiciosos de ser um violinista de sucesso, mas por falta de talento ou estudo trocou para a viola e, desde então, é um frustrado. Juntamente com o pianista-acompanhador, é um suicida em potencial, mas sem coragem para o ato. Carrega sempre o estojo surrado com a viola e sempre responde com um sorriso amarelo a pergunta "você toca violino?". Um segredo: todo violista tem um bom coração, mas ninguém percebe.
Contrabaixista - Baixinho e temperamental. Escolheu o contrabaixo para "impor respeito", mas o tiro saiu pela culatra. Estuda somente nos ensaios, a não ser que tenha que tocar uma peça barroca, onde é o único a tocar o baixo. Acha-se importante por sustentar toda a orquestra, mas na verdade sabe que ninguém o ouve. Sempre com camisa branca e cabelo curto. Toca baixo elétrico secretamente.
Violonista - O melhor amigo de todo mundo. Companhia perfeita para o choppinho da tarde. Rabo de cavalo e óculos escuros são pré-requisitos. Relaxado e "eclético", mas odeia ser chamado de guitarrista. Tem vários amigos e várias namoradas. Jura que tocaum instrumento clássico, mas não hesita em aceitar fazer "cachê" em barzinho de bossa nova. Passat velho ou bicicleta.
Pianista acompanhador - Olhar cabisbaixo, terno preto e surrado. Cabelos castanhos e despenteados. Carrega sempre uma pastinha com partituras. Odeia cantores, afinal "Não sabem contar". Autoestima em baixa, é um suicida em potencial. Jura que nunca maisvai aceitar tocar "em cima da hora", mas sempre aceita uma emergência. Vive com a esperança de que alguém finalmente reconheça seu trabalho duro - o que nunca acontece.
Pianista solista - Cabelo preto e curto. Sempre ocupado porque precisa "estudar". Nunca vai a festas, e, quando aparece, vem sozinho e sai mais cedo. Quando olhamos em seus olhos, nunca sabemos o que está se passando pela sua cabeça. Tem um papo agradável, mas é um alienado em relação a assuntos extra-musicais. Adora comparar gravações de outros pianistas. Tem sempre uma ou duas cantoras apaixonadas por ele, mas está sempre muito ocupado para relacionamentos. Admirado pelos violinistas, acha tocar música de câmara uma perda de tempo.
Organista - Cabelos completamente desalinhados, barba por fazer. Sempre correndo de um lado a outro carragando dezenas de partituras fora de ordem. Vive num mundo à parte. Óculos somente para leitura. Roupas amassadas e surradas. Um desavisado diria que é um professor de química ou um gênio incompreendido. Odeia pianistas. Solitário, mas fala pelos cotovelos, quando o assunto é dedilhado ou afinação da Renascenca."Deus é Buxtehude, Bach já foi prostituído pelos pianistas."
Harpista - Mulher, magra, e bem branca, com cabelos desalinhados. Muito tímida, nunca é vista entrando ou saindo dos ensaios, mas está sempre lá. Usa sempre vestidos compridos e meio "fora de moda", mas tem um sorriso simpático. Seu carro tem vários adesivos com harpas por todo lado. Adora chat rooms. Ninguém conhece seu namorado, mas ele está sempre por perto para colocar a harpa no carro depois do concerto.
Trombonista - Cabelo castanho e um pouco acima do peso. Sempre com uma piada na ponta da língua, o trombonista adora churrasco e a companhia de amigos. Adora Mahler, acha Beethoven meio devagar e morre de medo do Bolero de Ravel. Tem pelo menos um cachorro em casa e sempre que pode coloca um glissando só pra "dar um toque especial".
Trompetista - Adora sair para tomar cerveja com os amigos. Chega sempre atrasado no ensaio, mas nunca ninguém percebe. Os churrascos são sempre na sua casa. Se o maestro não está presente, fica sempre tocando a nota mais aguda possível para se mostrar. Tem os lábios rachados e usa isso para paquerar. Está sempre andando pelos bastidores fazendo "prrrrrrrrrft" com seu bocal.
Soprano - Gorda e metida não são adjetivos educados para se caracterizar uma soprano. Elas são avantajadas fisicamente e temperamentais. Têm que ser o centro das atenções - no palco e fora do palco. São invejadas pelas contraltos e adoram isso. São amantes excelentes, péssimas esposas. Se vestem com roupas chamativas, adoram chapéus. Preferem champagne ao vinho e não sabem ler partitura: afinal aprendem tudo com o "ouvido maravilhosos que Deus lhe deu". Andam sempre acompanhadas de seu pianista-acompanhador preferido, que chamam de "maestro".
Tenor - Bem apessoado, jovem, bonito, charmoso e gay. Anda sempre com roupas modernas e na moda. Tem várias amigas e quer sempre "viver o momento". Tenta sempre parecer alegre e de bem com a vida, mas, se está de mau humor, faz questão de anunciar para todo mundo. Não toma sorvete, porque tem que "preservar a voz", mas fala sempre alto para ser ouvido do outro lado do bar. Malha regularmente, vai ao cabeleireiro eflerta com quem passar na frente.
Contralto - Morena e muito alta. Não é muito bonita, mas se veste bem. Não gosta de sopranos, mas sua "melhor amiga" é uma. Gosta muito de flores e usa um perfume forte, mas agradável. Meio desajeitada quando anda. Odeia saladas, mas está sempre cuidando do peso.
Baixo - Alto, cabelo preto e parrudo. Ninguém sabe o que está se passando na cabeça de um baixo - se é que alguma coisa existe atrás daquele olhar perdido. Meio devagar, para falar a verdade. Quer sempre ajudar o próximo, mesmo que isso atrapalhe sua vida pessoal. Suas meias nunca combinam, mas adora fazer papel de "vilão bem vestido" nas óperas. Come de boca aberta.
Fagotista - Magro, cabelo encaracolado. É o típico sujeito normal. Curioso por natureza. Sempre simpático e atencioso. Também é muito misterioso: nunca ninguém foi à casa de um fagotista. Somente os outros sopros sabe o nome dele. Dedos longos emãos finas. Lembra Sherlock Holmes no jeito de andar.
Tubista - Sujeito acima do peso, loiro e com cabelo encaracolado. Pele oleosa e bochechas vermelhas, sua feito um porco quando toca. Ri de tudo, mas raramente entende uma piada. Gosta de comer bastante e não tem namorada.
Flautista - É o violinista das madeiras, mas não tão metido. É perfeccionista, mas sabe que o mundo não é perfeito. Adora Debussy e fica horas ouvindo suas proprias gravações. Enxerido, dá palpite até no dedilhado do trompista. Vive num mundo à partee cuida da flauta como se fosse sua filha. É o único que não acha o som do piccolo irritante.
Clarinetista - É um cara engracado. Veste-se bem, mas não é vaidoso. Pode ser loiro ou moreno. Toca com as sobrancelhas e é mais esperto do que inteligente. Adora ficar chupando a palheta enquanto não toca, mas, se desafina, joga a palheta fora. Não agüenta mais tocar o início da Rapsody in Blue para os outros músicos atrás do palco.
Gostou? Comente! Tenham um ótimo final de semana, com Deus!
domingo, 25 de julho de 2010
Aniversário do BLOG!
domingo, 11 de julho de 2010
Quarteto Masculino - Arte ou Ciência?
Quem não gosta de quarteto masculino? Fechar uma harmonia a quatro vozes? Tenores “duelando” nas alturas com suas notas agudas, barítonos passeando pela melodia e baixos, cravando todas? Até quem é leigo em música gosta de quarteto masculino. Logicamente não é gosto de todos, mas é uma arte que tem crescido e muito.
Mas, como muitos já sabem, fechar uma harmonia é algo muito mais complexo do que nós imaginamos. Exige-se do cantor afinação, técnica vocal, horas de ensaio e é sempre bom ter um repertório bacana, pra não cansar os ouvidos. Começa-se com hinos fáceis e depois se procura hinos complexos. Qual quarteto nunca cantou o louvor “Jesus vem logo” gravado pelos arautos do rei? E, quem não sonha em cantar com perfeição o louvor “Se a mão de Deus tocar em mim” com aquelas inversões e acordes complexos? Dissonâncias, escalas complexas, estudo de técnicas novas e um turbilhão de coisas fazem parte da vida do “quarteteiro”.
Mas eis a incógnita, quarteto é arte ou ciência? Vamos analisar as duas partes. Começando pela artística: Você gosta de cantar e tem a idéia de montar um grupo vocal; escolhe o repertório, ensaia, se ficar bom pensa em até cantar na igreja e, se a idéia for se concretizando vem até mesmo o sonho do cd. Começam-se as viagens, apresentações e você chega á conclusão de que sua idéia deu certo! A sua arte, o seu gosto pode ter gerado frutos, a mensagem que você cantou pode ter levado Jesus ás pessoas, vidas podem ter se convertido. Usando uma habilidade que Deus te deu você pode realizar a obra do Senhor, com a arte escolhida por ti. Não precisa ser um grupo de nome, ou de grandes ícones, mas o importante é que você está fazendo o que gosta e isso tem trazido resultados positivos. Resumo a parte artística nisso.
Agora vamos á ciência da harmonia. Quando um grupo canta juntamente a seqüência de notas “Dó2, Mi2, Sol2 e Dó3” e você forma o acorde Dó maior! Você sente aquela ressonância, aquele “tremor” que a harmonia traz! Música para os ouvidos! E quando o grupo consegue cantar um Bbø sem desafinar? Tu olhas para o amigo ao lado e dá aquele sorriso e pensas: Isso saiu lindo! (risos)... A ciência gera uma série de ações e reações que você percebe e aprende com o tempo. Quando se faz uma seleção de vozes, o famoso teste vocal, para analisar o desempenho individual e conjunto das vozes, um teste que por si só é bem cansativo, mas quando você percebe que as “quatro vozes “casaram””, há uma grande alegria.
O segredo de um bom quarteto não está em achar quatro vozes iguais, ou bem semelhantes; determinados paradigmas tem sido quebrados durante a evolução musical. Vozes solistas, pois hoje os solos têm aumentado – e muito -, vozes que se encaixam como grupo e ao mesmo tempo, vozes que saibam ser individuais quando precisam. Há momentos onde todos cantam mais forte, às vezes só uma voz sobressai um pouco e as outras cantam mais baixinho, os famosos “Uh, ah, Ôo, êe, Mm!” que devem ser executados com muito esmero. E o mais importante: Deixar que Deus apareça! O homem não pode aparecer, pois é Deus é o salvador, toda glória é dEle!
Arte ou ciência?